02/06/2013

Adoptados Pela Graça


Vocês não receberam um espírito que os escravize para novamente temerem, mas receberam o Espírito que os adopta como filhos, por meio do qual clamamos: “Aba, Pai”. Romanos 8:15
 A vida pastoral tem momentos ricos e inesquecíveis. O pastor acompanha de perto sonhos e problemas dos membros da igreja.
Qundo fui pastor das igrejas Adventistas das Caldas da Rainha, Peniche, Rio Maior e Cadaval visitei uma família em Bombarral, este casal por razões que ignoro não podiam ter filhos. Decidiram por essa razão adoptar uma criança nós (eu e a minha mulher) não sabíamos que a criança não era filho biológico, soubemos enquanto conversávamos. Ficamos muito impressionados, na altura, não tínhamos experiência nesta área e eu fiquei particularmente intrigado como se podia manifestar tanto amor a uma criança que não era filho.
A mãe em particular repetia quase sem cessar “querido”, “filhinho” e abraçava a criança apertando-a carinhosamente contra o peito. O menino tinha sido adoptado recentemente, no entanto, havia uma interacção entre o menino e a mãe tão profunda como se tivesse nascido do seu ventre.
Eu dizia comigo mesmo: “Mas o bebé acaba de ser adoptado! Como é que dentro de tão pouco tempo se desenvolveu amor tão grande e um vínculo afectivo tão forte?” Estava nos braços da mulher alguém que não tinha nascido dela, mas ela o apresentava orgulhosamente como filho. Quantas histórias bonitas e quantas fotografias mostram a felicidade dos pais com os seus filhos adoptivos.
 No tempo em que Paulo escreveu o texto acima, as leis romanas já permitiam a adopção. Na maior parte dos casos, tratava-se da adopção de escravos já em maioridade, que eram comprados para ser libertos. Outros, em situação bem diferente, eram levados para a casa da pessoa que os tinha libertado para ser recebidos como filhos, como membros da família.
 A adopção é uma das ilustrações que Deus usa para mostrar o relacionamento que Ele quer ter connosco. Quando aceitamos Cristo como nosso Salvador, somos adoptados como Seus filhos e começamos uma vida nova. Temos direito a uma nova posição: não mais a de servo, nem escravo, mas de filhos e filhas.
“Aos que O receberam, aos que creram em Seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus” (Jo 1:12).
 E quanto à participação na herança futura, somos co-herdeiros juntamente com Cristo, pois o mesmo apóstolo diz: “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser, mas sabemos que, quando Ele Se manifestar, seremos semelhantes a Ele, pois O veremos como Ele é” (1Jo 3:2).

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