25/03/2013

Jesus Celebra a Sua Primeira Páscoa

Ora, todos os anos, iam seus pais a Jerusalém, à Festa da Páscoa. E, tendo ele já doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume do dia da festa. Luc. 2:41 e 42.

Todos os anos José e Maria subiam a Jerusalém para a festa da páscoa, de acordo com os requisitos da lei judaica. Os dias da infância de Jesus haviam terminado. Ele ingressara no período da juventude. José e Maria, segundo o seu costume, prepararam-se para fazer a longa viagem a Jerusalém. Eles levaram Jesus consigo. Foram junto com muitos outros que se dirigiam a Jerusalém para observar essa festa solene.
À mente humana é impossível compreender as meditações do Filho de Deus enquanto olhou com interesse para o Templo pela primeira vez. Não podemos imaginar quais foram os Seus pensamentos ao andar nos seus átrios, e discernir com os olhos a obra do sacerdote ministrante, o altar com a vítima ensangüentada, o sagrado incenso subindo a Deus e os mistérios do Santo dos Santos atrás do véu, e compreender a realidade que essas cerimônias prefiguravam. Cristo mesmo era a chave para decifrar todos esses mistérios sagrados que só eram entendidos vagamente por José e Maria. Tudo isso fora instituído para representar a Cristo e cumpriu-se em Sua morte.
A páscoa era o nome dado a essa cerimônia em comemoração do prodigioso evento que foi a saída dos hebreus do Egito. Na noite em que eles saíram do Egito, o anjo destruidor entrou em todas as casas e matou todos os primogênitos, desde o filho mais velho do rei no seu trono, até o primogênito do escravo de posição mais humilde. ...
O Senhor deu instruções especiais aos hebreus, ordenando que cada família matasse um cordeiro e aspergisse o sangue nos batentes das portas, para que quando o anjo destruidor empreendesse sua missão de morte, o sangue sobre a ombreira da porta fosse para eles um sinal de que aqueles que se achavam dentro da casa eram os adoradores do Deus verdadeiro. O anjo da morte passou por alto as casas assim designadas. Ordenou-se que nessa noite memorável os hebreus estivessem preparados para a sua viagem. ...
De acordo com as instruções que lhes foram dadas por Deus, todos eles se achavam preparados para a viagem, prontos para a ordem de saída do Egito. ...
Conquanto a instituição da páscoa apontasse para trás, ao maravilhoso livramento dos hebreus, ela também apontava para a frente, mostrando a morte do Filho de Deus antes que ocorresse. Na última páscoa que nosso Senhor observou com os Seus discípulos, Ele instituiu a Ceia do Senhor em lugar da páscoa, para que fosse observada em memória de Sua morte. Não tinham mais necessidade da páscoa, pois Ele, o grande Cordeiro antitípico, estava pronto para ser sacrificado pelos pecados do mundo. O tipo encontrou o antítipo na morte de Cristo. Youth's Instructor, maio de 1873.

Jesus veio Buscar e Salvar o Perdido

Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido. Luc. 19:10.

Aparece o Mestre designado pelo Céu, e não é outro personagem senão o Filho do Deus Infinito. Abri o rolo e lede o que está escrito a Seu respeito. Moisés declarou aos filhos de Israel: "Então, o Senhor me disse: Bem falaram naquilo que disseram. Eis que lhes suscitarei um Profeta do meio de seus irmãos, como tu, e porei as Minhas palavras na Sua boca, e Ele lhes falará tudo o que Eu Lhe ordenar. E será que qualquer que não ouvir as Minhas palavras, que Ele falar em Meu nome, Eu O requererei dEle." Deut. 18:17-19. Aqui está a predição anunciando a notável chegada. Suas palavras não deviam ser desprezadas; pois Sua autoridade era suprema e Seu poder invencível.
Abri o rolo ainda mais e lede o que Isaías diz de Sua obra: "O Espírito do Senhor Jeová está sobre Mim, porque o Senhor Me ungiu para pregar boas novas aos mansos; enviou-Me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos e a abertura de prisão aos presos; a apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes; e a ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê ornamento por cinza, óleo de gozo por tristeza, veste de louvor por espírito angustiado, a fim de que se chamem árvores de justiça, plantação do Senhor, para que ele seja glorificado." Isa. 61:1-3. ...
Além disso, lemos algo sobre Cristo como o Mensageiro do concerto que ainda estava para vir, e como o Sol da Justiça que ainda iria aparecer. Os profetas faziam dEle o seu assunto mais antigo e o mais recente. ...
Em Seu advento, [os judeus] não O receberam porque haviam formado uma falsa idéia acerca da maneira de Sua vinda. Esse Jesus, um camponês e carpinteiro, de origem obscura, o Filho de Deus, o Messias? Não poderia ser.
Mas a peculiaridade que separava os judeus das outras nações desapareceu em Cristo. Ele colocou-Se onde poderia dar instruções a todas as classes de pessoas. Muitas vezes lhes disse que estava ligado a toda a família humana: judeus e gentios. "Não vim chamar os justos [aos seus próprios olhos], mas os pecadores, ao arrependimento" (Mat. 9:13), declarou Ele. Jesus veio buscar e salvar o perdido. Foi para isso que Ele deixou as noventa e nove [ovelhas]; foi para isso que depôs Suas vestes reais e encobriu Sua divindade com a humanidade. O mundo inteiro é o campo de labuta de Cristo. Uma esfera mais restrita do que essa não entra nas Suas cogitações. Signs of the Times, 24 de junho de 1897.

Jesus Representa o Pai

Pai justo, o mundo não Te conheceu; mas Eu Te conheci, e estes conheceram que Tu Me enviaste a Mim. E Eu lhes fiz conhecer o Teu nome e lho farei conhecer mais, para que o amor com que Me tens amado esteja neles, e Eu neles esteja. João 17:25 e 26.

Cristo veio ao mundo para representar o Pai para o homem; pois Satanás O apresentara ao mundo sob uma falsa luz. Porquanto Deus é um Deus de justiça e de grande majestade, que tem poder para destruir bem como para preservar o homem, Satanás induziu os homens a encararem-nO com medo, a considerarem-nO um tirano. Jesus estivera com o Pai desde os séculos eternos, antes da criação do homem, e veio revelar o Pai, declarando: "Deus é amor." I João 4:8. Jesus representou a Deus como Pai bondoso, que cuida dos súditos de Seu reino. Ele declarou que nenhum pardal cai no chão sem que o Pai saiba disso, e que os filhos dos homens são de mais valor à Sua vista do que muitos pardais e que até os cabelos todos da cabeça estão contados.
No Antigo Testamento bem como no Novo Testamento, o Senhor é retratado não somente como um Deus de justiça, mas também como um Pai de amor infinito. O salmista declara: "O Senhor faz justiça e juízo a todos os oprimidos. Misericordioso e piedoso é o Senhor; longânimo e grande em benignidade. Não nos tratou segundo os nossos pecados, nem nos retribuiu segundo as nossas iniqüidades. Pois quanto o céu está elevado acima da Terra, assim é grande a Sua misericórdia para com os que O temem." Sal. 103:6, 8, 10 e 11.
Satanás revestira o Pai de seus próprios atributos, mas Cristo representou-O em Seu verdadeiro caráter de benevolência e amor. No caráter em que Cristo apresentou-O ao mundo, era como se desse uma nova dádiva ao homem. ...
O Filho de Deus declarou em termos positivos que o mundo estava destituído do conhecimento de Deus; mas este conhecimento era do mais alto valor, e constituía uma dádiva especial de Sua parte, o inestimável tesouro que trouxe para o mundo. No uso de Sua excelsa prerrogativa, Ele transmitiu a Seus discípulos o conhecimento do caráter de Deus, para que pudessem comunicá-lo ao mundo. ... Todo aquele que crê na mensagem de Deus deve exaltar a Jesus, dirigir os homens a Cristo e dizer: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!" João 1:29.
A pessoa imbuída do amor de Cristo é uma com Ele; ela comunga com Cristo; Ele é formado no íntimo, a esperança da glória, e o cristão passa a representar o Pai e o Filho para o mundo. Signs of the Times, 27 de junho de 1892.

Jesus o Verdadeiro Restaurador

E chamar-te-ão reparador das roturas e restaurador de veredas para morar. Isa. 58:12.

O Filho de Deus veio ao mundo como restaurador. Ele era o Caminho, a Verdade, e a Vida. Toda palavra que proferiu era espírito e vida. Ele falava com autoridade, ciente de Seu poder para abençoar a humanidade e libertar os cativos presos por Satanás; ciente também de que, por Sua presença, traria ao mundo plenitude de alegria. Almejava ajudar todo membro da família humana opresso e sofredor, e mostrar que Sua prerrogativa era abençoar, não condenar.
Para Cristo não era usurpação fazer as obras de Deus; pois foi para cumprir esse desígnio que Ele veio do Céu, e para isso os tesouros da eternidade estavam à Sua disposição. Ele não devia conhecer restrições na distribuição de Suas dádivas. Deixou de lado os que exaltavam a si mesmos, os honrados e os ricos, e misturou-Se com os pobres e oprimidos, trazendo a sua vida um brilho, uma esperança e uma aspiração que nunca haviam conhecido antes. Proferiu uma bênção sobre todos os que sofressem por Sua causa, declarando: "Bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem, e perseguirem, e, mentindo, disserem todo o mal contra vós. ..." Mat. 5:11.
Cristo apropriou-Se distintamente do direito à autoridade e lealdade. "Vós Me chamais Mestre e Senhor - declarou Ele - e dizeis bem, porque Eu o sou." João 13:13. "Um só é o vosso Mestre, que é o Cristo." Mat. 23:10. Assim Ele manteve a dignidade própria a Seu nome, e a autoridade e poder que possuía no Céu.
Houve ocasiões em que falou com a dignidade de Sua própria e verdadeira grandeza. "Quem tem ouvidos para ouvir - disse Ele - ouça." Mat. 11:15. Nestas palavras apenas estava repetindo a ordem de Deus, quando, de Sua excelsa glória, o Infinito declarara: "Este é o Meu Filho amado, em quem Me comprazo; escutai-O." Mat. 17:5. Ao estar entre os carrancudos fariseus, que procuravam fazer notar sua própria importância, Cristo não hesitou em comparar-Se com os mais distintos homens representativos que haviam andado na Terra, e reivindicar preeminência sobre todos eles.
Jonas era um desses homens tidos em alta estima pela nação judaica. ... Ao trazer à memória de Seus ouvintes a mensagem de Jonas e o seu auxílio em salvar aquele povo, Cristo disse: "Os ninivitas ressurgirão no Juízo com esta geração e a condenarão, porque se arrependeram com a pregação de Jonas. E eis que está aqui quem é mais do que Jonas." Mat. 12:41.
Cristo sabia que os israelitas consideravam Salomão o maior rei que já empunhou um cetro sobre um reino terrestre. ... Contudo, Cristo declarou: ... "E eis que aqui está quem é mais do que Salomão." Mat. 12:42. Youth's Instructor, 23 de setembro de 1897.

21/03/2013

Traição no Céu

Onde estavas tu quando Eu fundava a Terra? ... ou quem assentou a sua pedra de esquina, quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus rejubilavam? Jó 38:4-7.

Muitos dos simpatizantes de Lúcifer estavam inclinados a ouvir o conselho dos anjos leais e se arrependeram de sua insatisfação, e de novo receberam a confiança do Pai e Seu amado Filho. O grande rebelde declarou então que estava familiarizado com a lei de Deus e se se submetesse a uma obediência servil seria despojado de sua honra. Nunca mais poderia ser incumbido de sua exaltada missão. Disse que ele mesmo e os que com ele se uniram tinham ido muito longe para voltarem, que enfrentaria as consequências, que nunca mais se prostraria para adorar servilmente o Filho de Deus; que Deus não perdoaria, e que agora eles precisavam garantir sua liberdade e conquistar pela força a posição e autoridade que não lhes fora concedida voluntariamente.
Os anjos leais apressaram-se a relatar ao Filho de Deus o que acontecera entre os anjos. Acharam o Pai em conferência com Seu Filho amado, para determinar os meios pelos quais, para o bem-estar dos anjos leais, a autoridade assumida por Satanás podia ser para sempre retirada. O grande Deus podia de uma vez lançar do Céu este arquienganador; mas este não era o Seu propósito. Queria dar aos rebeldes uma oportunidade igual para medirem sua força e poder com Seu próprio Filho e Seus anjos leais. Nesta batalha cada anjo escolheria seu próprio lado e seria manifesto a todos. Não teria sido seguro tolerar que qualquer que se havia unido a Satanás na rebelião, continuasse a ocupar o Céu. Tinham aprendido a lição de genuína rebelião contra a imutável Lei de Deus e isto era irremediável. ...
Então houve guerra no Céu. O Filho de Deus, o Príncipe do Céu, e Seus anjos leais empenharam-se num conflito com o grande rebelde e com aqueles que se uniram a ele. O Filho de Deus e os anjos verdadeiros e leais prevaleceram; e Satanás e seus simpatizantes foram expulsos do Céu. Todo o exército celestial reconheceu e adorou o Deus da justiça. Nenhuma mácula de rebelião foi deixada no Céu. Tudo voltara a ser paz e harmonia como antes ...
O Pai consultou Seu Filho com respeito à imediata execução de Seu propósito de fazer o homem para habitar a Terra. História da Redenção, págs. 16-19.
A rebelião de Satanás deveria ser uma lição para o Universo, durante todas as eras vindouras - perpétuo testemunho da natureza do pecado e de seus terríveis resultados. A atuação do governo de Satanás, seus efeitos tanto sobre os homens como os anjos, mostrariam qual seria o fruto de se pôr de parte a autoridade divina. Testificariam que, ligado à existência do governo de Deus, está o bem-estar de todas as criaturas que Ele fez. Patriarcas e Profetas, págs. 42 e 43.

Igual ao Pai

De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Filip. 2:5 e 6.
Lúcifer no Céu, antes de sua rebelião foi um elevado e exaltado anjo, o primeiro em honra depois do amado Filho de Deus. Seu semblante, como o dos outros anjos, era suave e exprimia felicidade. A testa era alta e larga, demonstrando grande inteligência. Sua forma era perfeita, o porte nobre e majestoso. Uma luz especial resplandecia de seu semblante e brilhava ao seu redor, mais viva do que ao redor dos outros anjos; todavia, Cristo, o amado Filho de Deus tinha preeminência sobre todo o exército angelical. Ele era um com o Pai antes que os anjos fossem criados. Lúcifer invejou a Cristo, e gradualmente pretendeu o comando que pertencia a Cristo unicamente.
O grande Criador convocou os exércitos celestiais, para na presença de todos os anjos conferir honra especial a Seu Filho. O Filho estava assentado no trono com o Pai, e a multidão celestial de santos anjos reunida ao redor dEles. O Pai então fez saber que por Sua própria decisão Cristo, Seu Filho, devia ser considerado igual a Ele, assim que em qualquer lugar que estivesse presente Seu Filho, isto valeria pela Sua própria presença. A palavra do Filho devia ser obedecida tão prontamente como a palavra do Pai. Seu Filho foi por Ele investido com autoridade para comandar os exércitos celestiais. Especialmente devia Seu Filho trabalhar em união com Ele na projetada criação da Terra e de cada ser vivente que devia existir sobre ela. O Filho levaria a cabo Sua vontade e Seus propósitos, mas nada faria por Si mesmo. A vontade do Pai seria realizada n´Ele.
Lúcifer estava invejoso e enciumado de Jesus Cristo. Todavia, quando todos os anjos se curvaram ante Jesus reconhecendo Sua supremacia e alta autoridade e direito de governar, ele curvou-se com eles, mas seu coração estava cheio de inveja e rancor. ...
Os anjos que eram leais e sinceros procuraram reconciliar este poderoso rebelde à vontade de seu Criador. Justificaram o ato de Deus em conferir honra a Seu Filho, e com fortes razões tentaram convencer Lúcifer que não lhe cabia menos honra agora, do que antes que o Pai proclamasse a honra que Ele tinha conferido a Seu Filho. Mostraram-lhe claramente que Cristo era o Filho de Deus, existindo com Ele antes que os anjos fossem criados, que sempre estivera à mão direita de Deus, e Sua suave, amorosa autoridade até o presente não tinha sido questionada; e que Ele não tinha dado ordens que não fossem uma alegria para o exército celestial executar. Eles insistiam que o receber Cristo honra especial de Seu Pai, na presença dos anjos, não diminuía a honra que Lúcifer recebera até então. Os anjos choraram. Ansiosamente tentaram levá-lo a renunciar a seu mau desígnio e render submissão ao Criador; pois até então tudo fora paz e harmonia. ... Lúcifer recusou ouvi-los. História da Redenção, págs. 13-16.

O Filho de Deus Existente Por Si Mesmo

Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que, antes que Abraão existisse, Eu sou. João 8:58.

"Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu dia, e viu-o, e alegrou-se. Disseram-lhe, pois, os judeus: Ainda não tens cinquenta anos e viste Abraão? Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que, antes que Abraão existisse, Eu sou." João 8:56-58.
Aqui Cristo lhes mostra que, embora calculassem que Sua vida tinha menos de 50 anos, Sua vida divina não podia ser calculada pelo cômputo humano. A existência de Cristo antes de Sua encarnação não é medida por algarismos. Signs of the Times, 3 de maio de 1899.
"Antes que Abraão existisse, Eu sou." João 8:58. Cristo é o Filho de Deus preexistente, existente por Si mesmo. A mensagem que Ele deu a Moisés, para ser transmitida aos filhos de Israel, foi: "Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós outros." Êxo. 3:14.
O profeta Miquéias escreveu a Seu respeito: "E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre milhares de Judá, de ti me sairá o que será Senhor em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade." Miq. 5:2.
Cristo declarou por intermédio de Salomão: "O Senhor Me possuiu no princípio de Seus caminhos e antes de Suas obras mais antigas. Quando punha ao mar o Seu termo, para que as águas não trespassassem o Seu mando; quando compunha os fundamentos da Terra, então, Eu estava com Ele e era Seu aluno; e era cada dia as Suas delícias, folgando perante Ele em todo o tempo." Prov. 8:22, 29 e 30.
Ao falar de Sua preexistência, Cristo faz o pensamento remontar aos séculos eternos. Ele nos assegura que nunca houve um tempo em que não estivesse em íntima ligação com o Deus eterno. Aquele cuja voz os judeus estavam então ouvindo estivera com Deus como Alguém que Se achava em Sua presença.
As palavras de Cristo foram proferidas com calma dignidade e com uma certeza e poder que trouxeram convicção aos corações dos escribas e fariseus. Eles sentiram o poder da mensagem enviada pelo Céu. Deus estava batendo à porta do coração deles, pedindo entrada. Signs of the Times, 29 de agosto de 1900.
Ele era igual a Deus, infinito e onipotente. ... É o Filho eterno, existente por si mesmo. Manuscrito 101, 1897.
Em Cristo há vida original, não emprestada, não derivada. "Quem tem o Filho tem a vida." I João 5:12. A divindade de Cristo é a certeza de vida eterna para o crente. "Quem crê em Mim", disse Jesus, "ainda que esteja morto, viverá; e todo aquele que vive e crê em Mim nunca morrerá. Crês tu isto?" João 11:25 e 26. Cristo olha aqui ao tempo de Sua segunda vinda. O Desejado de Todas as Nações, pág. 530.

A Preexistência do Filho de Deus

E, agora, glorifica-Me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que Eu tive junto de Ti, antes que houvesse mundo. João 17:5.

Mas ao mesmo tempo que a Palavra de Deus fala da humanidade de Cristo quando aqui na Terra, também fala ela positivamente em Sua preexistência. A Palavra existiu como ser divino, a saber, o eterno Filho de Deus, em união e unidade com Seu Pai. Desde a eternidade era Ele o Mediador do concerto, Aquele em quem todas as nações da Terra, tanto judeus como gentios, se O aceitassem, seriam benditos. "O Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus." João 1:1. Antes de serem criados homens ou anjos, a Palavra [ou Verbo] estava com Deus, e era Deus.
O mundo foi feito por Ele, "e, sem Ele, nada do que foi feito se fez". João 1:3. Se Cristo fez todas as coisas, existiu Ele antes de todas as coisas. As palavras faladas com respeito a isso são tão positivas que ninguém precisa deixar-se ficar em dúvida. Cristo era Deus essencialmente, e no mais alto sentido. Estava Ele com Deus desde toda a eternidade, Deus sobre todos, bendito para todo o sempre.
O Senhor Jesus Cristo, o divino Filho de Deus, existiu desde a eternidade, como pessoa distinta, mas um com o Pai. Era Ele a excelente glória do Céu. Era o Comandante dos seres celestes, e a homenagem e adoração dos anjos era por Ele recebida como de direito. Isto não era usurpação em relação a Deus. "O Senhor Me possuiu no princípio de Seus caminhos", declara Ele, "e antes de Suas obras mais antigas. Desde a eternidade, fui ungida; desde o princípio, antes do começo da Terra. Antes de haver abismos, fui gerada; e antes ainda de haver fontes carregadas de águas. Antes que os montes fossem firmados, antes dos outeiros, eu fui gerada. Ainda Ele não tinha feito a Terra, nem os campos, nem sequer o princípio do pó do mundo. Quando Ele preparava os céus, aí estava Eu; quando compassava ao redor a face do abismo." Prov. 8:22-27.
Há luz e glória na verdade de que Cristo era um com o Pai antes de terem sido lançados os fundamentos do mundo. Esta é a luz que brilhava em lugar escuro, fazendo-o resplender com a divina glória original. Esta verdade, infinitamente misteriosa em si, explica outros mistérios e verdades de outro modo inexplicáveis, ao mesmo tempo que se reveste de luz inacessível e incompreensível. ...
"O povo que estava assentado em trevas, viu uma grande luz; e aos que estavam assentados na região e sombra da morte a luz raiou." Mat. 4:16. Aqui se apresentam a preexistência de Cristo e o propósito de Sua manifestação ao mundo, como raios vivos de luz do trono eterno. Mensagens Escolhidas, vol. 1, págs. 247 e 248.
[Cristo] diz: e fulgure a Minha glória - a glória que Eu tive junto de Ti, antes que houvesse mundo. Signs of the Times, 10 de maio de 1899.

17/03/2013

Anjos Acompanhantes

Não são todos eles espíritos ministradores, enviados para serviço a favor dos que hão de herdar a salvação? Heb. 1:14.

Os anjos que estão sempre a contemplar a face do Pai no Céu prefeririam permanecer perto d´Ele, a Seu lado. Mas o Senhor concede a todo anjo sua obra pelo mundo caído. Ajuda divina é provida aos homens. Eles têm a oportunidade de cooperar com os seres celestiais, de ser coobreiros de Deus. As possibilidades de conseguir habilitação para a presença de Deus, de ser capacitado a ver Sua face, são postas diante deles. Anjos celestiais estão trabalhando para trazer a família humana a íntima fraternidade, à unidade descrita por Cristo como a que existe entre o Pai e o Filho. Como podem homens tão altamente honrados por Deus deixar de apreciar suas oportunidades e privilégios? Como podem recusar aceitar a divina ajuda oferecida? Quanto é possível que os seres humanos ganhem se tiverem a eternidade em vista!
Agências satânicas estão sempre guerreando pelo domínio da mente dos homens. Mas os Anjos de Deus estão constantemente em ação, fortalecendo as mãos fracas e confirmando os joelhos trementes de todos quantos apelam a Deus por ajuda. A promessa a todo filho de Deus é: "Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á." Mat. 7:7. O Senhor está mais disposto a conceder o Espírito Santo àqueles que O pedem do que os pais a darem bons presentes aos filhos. Portanto, pedi; crede no que Deus disse. Ele certamente cumprirá Sua Palavra. Dizei de coração: "Ainda que a minha carne e o meu coração desfalecem, Deus é a fortaleza do meu coração e a minha herança para sempre." Sal. 73:26. A vitória deve ser conquistada dia a dia. Como seguidores de Cristo devemos pôr-nos de pé em posição estratégica à vista do mundo como representantes de Cristo. Empenhemo-nos nessa parte da milícia cristã, vencendo determinadamente cada fraqueza de caráter. ...
O Senhor tem tido homens e mulheres de coração íntegro, aqueles que fizeram um concerto com Deus mediante sacrifício. Eles não se desviaram de sua integridade; mantiveram-se incontaminados do mundo. Esses têm sido levados pela Luz da vida a derrotar os propósitos do astuto inimigo. Irão os seres humanos agora cumprir sua parte em resistir ao maligno? Se o fizerem, ele certamente deles fugirá. Anjos que farão por vós as coisas que não podeis fazer por vós mesmos estão aguardando por vossa cooperação. ...
Enquanto tiverdes um desejo de resistir ao maligno e sinceramente orardes: "Livra-me da tentação", tereis força para vosso dia. É obra dos anjos celestiais achegarem-se ao tentado, ao sofredor, ao que está sob prova. Manuscrito 14, 1899.

Firmes na Fé

Estais firmes em um só espírito, como uma só alma, lutando juntos pela fé evangélica. Filip. 1:27.

Eu oro para que o povo de Deus não ponha de lado as peculiaridades de sua fé. Cristo é glorificado por uma vida de fé constante e bem definida. Paulo declara: "Esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a Si mesmo Se entregou por mim." Gál. 2:20. Cristo deve ser glorificado pela fé viva, operante, de Seu povo. O justo viverá pela fé.
Cristo não deixou Seu povo a tropeçar pelo caminho, em trevas. Ele assinalou o caminho diante deles e declara: "Se alguém quer vir após Mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-Me." Mar. 8:34. É pelo caminho da negação própria, a estrada real erguida pelo Redentor, que o povo de Deus deve viajar.
Meu irmão, inclina-te em submissão perante Aquele que trouxe à luz vida e imortalidade. Que tua vontade e a de Cristo sejam uma. Falai isto, orai sobre isto, vivei isto. A Palavra de Deus para nós é: "Avançai", a esta palavra devemos obedecer conquanto defrontemos obstáculos aparentemente tão insuperáveis como o Mar Vermelho. Confiemos em que o Senhor Deus do Céu abrirá o caminho diante de Seu povo. "Entrega o teu caminho ao Senhor, confia n´Ele, e o mais Ele fará." Sal. 37:5. Esta paciência da alma é o repouso da fé. O Senhor abençoará Seu povo tentado e fiel. Ele não permitirá que fiquem confusos.
No último grande dia, toda palavra, todo ato será submetido ao teste crucial do Juiz de toda a Terra. ... O Senhor apela por sincero arrependimento daqueles que alegam ser o Seu povo. A igreja de Deus deve ser zelosamente guardada de toda semelhança de desonestidade, toda marca de corrupção. O amor de Cristo é diretamente oposto a toda avareza, todo orgulho, toda pretensão. O Senhor apela por corações humildes e contritos. Ele operará por Seu Santo Espírito sobre todos quantos se submetam, todos quantos O amem e guardem os Seus mandamentos. E estes farão a presença e poder de Deus aparecer tão manifestamente que os inimigos da verdade serão compelidos a dizer que Deus e Seus anjos são realmente os amigos e ajudadores daqueles que O servem.
Cisma e divisão não são frutos da justiça; procedem do maligno. O grande impedimento para nosso avanço neste tempo é o egoísmo que impede os crentes de manterem verdadeira comunhão uns com os outros. A última oração que Cristo ofereceu por Seus discípulos antes de Sua prova foi para que fossem um com Ele. Satanás está determinado a que essa unidade não ocorra, pois é este o mais forte testemunho que pode ser oferecido de que Deus realmente enviou Seu Filho para reconciliar o mundo com o Céu. Carta 41, 1903.

O Padrão de Deus é Perfeito

Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo. Efés. 4:13.

O padrão de caráter que Cristo tornou-nos possível alcançar... é um padrão perfeito. Ao tentarmos medir-nos por ele os sentidos se tornam confusos. É apresentada a pergunta, "Porventura, desvendarás os arcanos de Deus ou penetrarás até à perfeição do Todo-poderoso?" Jó 11:7. Contudo, ele tornou-nos possível nos assemelharmos a Ele em caráter. Oh, o que impressionará homens e mulheres quanto a sua necessidade dessa transformação que os capacitará a refletir a imagem divina!
Muitos que alegam seguir a Cristo apresentam ao mundo uma representação inferior do cristianismo porque não atingem o padrão que os torna eleitos de Deus. Aquele que deixa de manter constantemente diante de si o padrão da santa lei de Deus cria um padrão próprio. Torna-se destituído dos princípios inspiradores de vida do evangelho. É um servo infiel, pois vive e age num rebaixado plano de ação. A presença de Cristo não o sustém e suas representações espirituais estão deformadas. Sua vida é uma farsa. Ele não aspira à vida superior, de Deus, e não está habilitado a se tornar um membro da família real, um filho do celeste Rei. Espiritualmente está morto, pois não assimila em sua própria vida a vida que Cristo proveu. Não se utiliza do poder que o Céu proveu para capacitá-lo a ser um vencedor.
Ninguém pode levar ao Céu seus traços de caráter cultivados e naturais. Aquele que leva consigo tais traços durante seu período de prova tem representado mal a Cristo ao agir segundo princípios que Deus não pode aprovar. Os princípios da verdadeira vida espiritual não são compreendidos por aqueles que conhecem a verdade, mas deixam de praticá-la.
O Senhor apela por reformas, assinaladas, distintas reformas. Aqueles em cujo coração Cristo habita revelarão Sua presença no trato com seus semelhantes. Mas os princípios de alguns têm sido por tanto tempo pervertidos que perderam o discernimento, e a seta raramente alcança seu alvo. Como pode ser isto curado? Somente por atender à oração de Cristo: "Santifica-os na verdade; a Tua palavra é a verdade. Assim como Tu Me enviaste ao mundo, também Eu os enviei ao mundo. E a favor deles Eu Me santifico a Mim mesmo, para que eles também sejam santificados na verdade." João 17:17-19. Não há maneira de contornar a direção que a obra de santificação deve tomar. Manuscrito 16, 1901.

A Armadura de Cristo

Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos Céus. Mat. 5:16.

A luz da verdade deve resplandecer no mundo. Aqueles que amam a Deus e guardam os Seus mandamentos são chamados para a luta agressiva, não um contra outro, mas contra os exércitos do inimigo invisível. Em tempo algum aqueles que alegam ser discípulos de Cristo devem sentir-se à vontade em sua posição na igreja, contentes em nada fazer para resgatar seres humanos caídos e trazê-los de volta a sua lealdade.
Anjos celestiais estão constantemente subindo e descendo entre o Céu e a Terra, empenhados em serviço altruísta para a edificação do reino de Cristo. Onde estão os homens e mulheres que se unirão com esses mensageiros celestiais? Onde estão os que utilizarão suas habilidades em cooperar com o poder divino?
Pensai no que Deus tem feito por vós. Quando estivestes perecendo sem Cristo, acaso a mensagem de advertência não vos alcançou convencendo-vos de pecado e inspirando-vos ao arrependimento? Não Se revelou Cristo a vós como um Salvador que perdoa o pecado? E na luz e glória de vosso primeiro amor, não fostes cheios de amor altruísta para compartilhar com outros a graça que vos deu novidade de vida em Cristo?
Não permitais que vosso zelo por Cristo diminua. Agora que vos tornastes a mão auxiliadora de Cristo, deveis trabalhar zelosamente por aqueles que, antes de vossa conversão, consideráveis com indiferença. Lembrai-vos de que eles estão numa condição tão favorável quanto estivestes... quando fostes trazidos ao arrependimento, e que a salvação deles pode ser de mais alto valor para a igreja do que foi a vossa. Não poupeis palavras ternas e atos bondosos. Atraí aqueles que vos rodeiam para a cruz do Calvário. Estai em tão grande amor pela verdade que diariamente recebais graça nova para compartilhar. Abri as janelas da alma na direção do Céu para que os brilhantes raios do Sol da Justiça possam brilhar em vossos corações. "Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos Céus." Mat. 5:16.
A verdade, preciosa, essencial, se abrirá diante de todos que guardem a alma no amor de Deus. Dever e sacrifício ser-lhes-ão preciosos devido a seu amor pela aquisição do sangue de Cristo. Os seres humanos que mereceriam apenas um ocasional olhar adquirem agora um grande valor a seus olhos. Antes nenhum interesse tinham neles; agora, estão unidos com Cristo e ligados em amor com sua herança. O coração outrora endurecido pelo gelo do egoísmo é agora abrandado pela influência do Espírito. Manuscrito 17, 1901.

08/03/2013

A Mãe Rainha do Lar


A mulher deve ocupar a posição que Deus originariamente lhe designou, de igualdade com o marido. O mundo necessita de mães que o sejam não meramente no nome mas em todo o sentido da palavra. Podemos dizer com segurança que os deveres que distinguem a mulher são mais sagrados, mais santos, que os do homem. Compreenda a mulher a santidade de sua obra e na força e temor de Deus assuma a missão de sua vida. Eduque seus filhos para serem úteis neste mundo e para o lar no mundo melhor. Christian Temperance and Bible Hygiene, pág. 77.

A esposa e mãe não deve sacrificar sua força e permitir fiquem inativas as suas faculdades, dependendo inteiramente do esposo. Sua individualidade não pode imergir na dele. Ela deve sentir que é igual ao marido - deve estar ao seu lado, fiel no seu posto de dever e ele no seu. Sua obra na educação dos filhos é em todos os aspectos tão elevada e nobre como qualquer posição de honra que ele seja chamado a ocupar, ainda que seja a de principal juiz da nação. Pacific Health Journal, junho de 1890.

A Rainha do Lar

O rei em seu trono não tem função mais elevada que a mãe. A mãe é a rainha do lar. Ela tem em seu poder o modelar o caráter dos filhos, para que estejam capacitados para a vida mais alta, imortal. Um anjo não desejaria missão mais elevada; pois em fazendo sua obra ela está realizando serviço para Deus. Compreenda ela tão-somente o elevado caráter de sua tarefa, e isto lhe inspirará coragem.

Compreenda ela a dignidade de sua obra e tome toda a armadura de Deus, para que possa resistir a tentação de conformar-se aos padrões do mundo. Sua obra é para o tempo e a eternidade. Signs of the Times, 16 de março de 1891.

A mãe é a rainha do lar, e os filhos são os seus súbditos. Deve governar a casa sabiamente, na dignidade de sua maternidade. Sua influência no lar deve ser excelsa; sua palavra, lei. Se é cristã sob o governo de Deus se imporá ao respeito dos filhos. Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, pág. 111.

Os filhos devem ser ensinados a considerar sua mãe, não como uma escrava cujo trabalho seja servi-los, mas como uma rainha que deve guiá-los e dirigi-los, ensinando-os mandamento sobre mandamento, regra sobre regra. Carta 272, 1903.

Uma Comparação de Valores
A mãe raramente aprecia sua própria obra, e frequentemente se põe tão baixo na estima de seu trabalho que o considera como servidão doméstica. Ela vive na mesma rotina dia a dia, semana a semana, com nenhum resultado especialmente marcante. Ao fim do dia não pode ela dizer quanta coisa terá realizado. Posta em contraste com as realizações do marido, ela sente que nada fez digno de nota.

O pai frequentemente chega com um ar satisfeito e orgulhosamente passa em revista o que realizou durante o dia. Suas observações mostram que ele agora espera ser servido pela mãe, pois ela não fez muito exceto cuidar dos filhos, cozer o alimento e manter a casa em ordem. Ela não fez trabalho de comerciante, não comprou nem vendeu; não fez trabalho de agricultor, no preparo do solo; não trabalhou em mecânica - logo não pode estar cansada. Ele critica, e censura, e impõe, como se fora o senhor da criação.

E isto é de tudo o mais difícil para a esposa e mãe, porque ela de fato se cansou muito em seu posto de dever durante o dia, e no entanto não pode ver o que fez e está realmente fatigada.

Pudesse o véu ser afastado e o pai e a mãe ver como Deus a obra do dia, e como Seus olhos infinitos
comparam a obra de um com a do outro, e ficariam atônitos ante a revelação celestial. O pai haveria de olhar o seu trabalho em mais modesta luz, enquanto a mãe ganharia nova coragem e energia para persistir em seu trabalho com sabedoria, perseverança e paciência. Agora ela conhece o seu valor. Enquanto o pai trata com coisas que devem perecer e passar, a mãe trata com o desenvolvimento de mentes e caracteres, trabalhando não apenas para o tempo, mas para a eternidade. Signs of the Times, 13 de setembro de 1877.

Trabalho Indicado por Deus

Que cada mãe compreenda quão grandes são os seus deveres e suas responsabilidades e quão grande será a recompensa da fidelidade. Signs of the Times, 11 de outubro de 1910.

A mãe que alegremente assume os deveres que jazem diretamente em seu caminho sentirá que a vida para si é preciosa, porque Deus lhe deu uma obra a realizar. Nesta obra ela não precisa necessariamente comprimir o espírito nem permitir que seu intelecto se debilite. Pacific Health Journal, junho de 1890.

O trabalho da mãe é-lhe dado por Deus, para que crie os filhos na doutrina e admoestação do Senhor. O amor e temor de Deus devem estar sempre diante de seu tenro espírito. Quando corrigidos, devem ser ensinados a compreender que são admoestados por Deus, que Ele não tem prazer no engano, na mentira e nas más ações. Assim a mente dos pequenos pode estar tão associada com Deus que tudo que eles disserem e fizerem será em atenção a Sua glória; e no futuro eles não serão como uma cana ao vento, oscilando entre a inclinação e o dever. Good Health, janeiro de 1880.

Levá-los a Jesus não é tudo quanto se requer. ... Esses filhos devem ser educados e treinados para se tornarem discípulos de Cristo, a fim de que "nossos filhos sejam, como plantas, bem desenvolvidos na sua mocidade; para que as nossas filhas sejam como pedras de esquina lavradas, como colunas de um palácio". Sal. 144:12. Esta obra de modelar, refinar e polir pertence às mães. O caráter da criança deve ser desenvolvido. A mãe deve gravar nas tábuas do coração lições perduráveis como a eternidade; e acarretará sem dúvida sobre si o desprazer do Senhor se negligenciar sua sagrada obra ou permitir que outros nela interfiram. ... A mãe cristã tem sua obra apontada por Deus, a qual não negligenciará se estiver intimamente associada com Deus e imbuída de Seu Espírito. Good Health, janeiro de 1880.

Grande e Nobre Missão

Há oportunidades de inestimável valor, interesses infinitamente preciosos, confiados a toda a mãe. A humilde rotina dos deveres que as mulheres têm considerado como uma fastidiosa tarefa, deve ser encarada como obra grandiosa e nobre. É privilégio da mãe abençoar o mundo pela sua influência, e fazendo isto trará alegria ao seu próprio coração. Ela pode fazer retas veredas para os pés de seus filhos, através de claridade e sombra, em direção às alturas gloriosas do Céu. Mas, unicamente quando ela procura em sua vida seguir os ensinos de Cristo, é que a mãe pode esperar formar o caráter de seus filhos segundo o modelo divino. Patriarcas e Profetas, pág. 572.

Em meio a todas as atividades da vida são os filhos o mais sagrado dever da mãe. Mas quantas vezes não é este dever posto de lado para que seja satisfeito algum desejo egoísta! Os pais estão encarregados dos interesses presentes e eternos de seus filhos. Devem sustentar as rédeas do governo e guiar sua casa para honra de Deus. A lei de Deus deve ser sua norma e o amor deve reger todas as coisas. Signs of the Times, 16 de março de 1891.

Nenhuma Obra é Maior nem Mais Santa

Quando homens casados vão para o trabalho, deixando suas esposas presidindo aos cuidados da casa,